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POLÍTICA | Marconi quer transformar reforma administrativa em seu maior legado para ter projeção nacional

Por Marcelo Justo 07 Dezembro 2014 Publicado em Política
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Marconi Perillo (PSDB) Marconi Perillo (PSDB) Paulo José/Tribuna do Planalto

Depois de derrotar pela terceira vez o seu maior rival político e de conquistar o quarto mandado para o governo de Goiás, o governador Marconi Perillo (PSDB) está prestes a colocar em prática um plano ousado de administração pública.

O projeto de reforma administrativa que já está em trâmite na Assembleia Legislativa pode ser o grande trunfo do tucano para alçar projetos políticos nacionais.


A extinção de secretarias, a abolição de cargos de servidores comissionados e o fim dos contratos temporários é considerado por aliados de Perillo como aquele que pode ser um novo modelo de gestão.

A economia que está prevista em R$ 300 milhões já para 2015 e o enxugamento da máquina administrativa, somados ao bom funcionamento do conjunto de ações, podem dar visibilidade política a Marconi.


Depois de ganhar projeção do governo de Henrique Santillo, Marconi foi eleito para deputado estadual e deputado federal. Em 1998 em sua primeira eleição para governador conquistou o seu primeiro mandato frente ao grande rival que se configuraria a partir da dali, Iris Rezende (PMDB).


Agora, com o projeto e o almejado sucesso do mesmo, Marconi pode ganhar terreno na cúpula do PSDB e passar ganhar espaço em um campo até aqui dominado por São Paulo e Minas Gerais. Para quebrar a hegemonia nacional paulista no PSDB, Aécio também se credenciou com reformas e mudanças ousadas no governo mineiro, mas as mudanças implementadas por ele não surtiram o efeito desejado e ele acabou sendo derrotado em seu próprio Estado, embora tenha conquistado o direito de disputar a presidência depois de várias candidaturas paulistas pelo partido.


Aliados do governador destacam a atitude de Marconi como uma atuação corajosa como nunca antes vista e que a reforma não deverá trazer riscos para o governador futuramente. O deputado Roberto Balestra (PP), aliado antigo do governador, destaca a ousadia de Perillo em colocar à mesa e disposto a praticá-la já a partir do primeiro ano de governo, o projeto de reforma. Para Roberto Balestra, a medida é bastante relevante e pode colocar Marconi em destaque no cenário político do Brasil.


Plano nacional
Nas eleições estaduais de 2018, Marconi Perillo não poderá ser candidato ao governo. Com isso, um plano para alavancar a sua imagem ao cenário nacional poderá ser essencial a quem pretende avançar na carreira política. Para aliados, a reforma administrativa não é uma medida que será colocada em prática visando uma possível candidatura para o cargo de presidência da República. Para tanto, ela precisa ter sucesso e comprovada eficiência.


Para a senadora Lúcia Vânia o governador está trabalhando em outra direção e o pensamento neste momento é, de fato, enxugar a máquina do Estado. “Ainda é cedo para pensar nisso, o projeto agora é recuperar o Estado e aumentar o seu potencial de investimentos,” declarou a aliada do PSDB.


Comprovada a eficiência, aliados do governador garantem que isso acontecerá naturalmente. O deputado Roberto Balestra acredita que o esforço de Marconi em tentar reformular o estado dando mais equilíbrio econômico certamente o dará visibilidade nacional. “Acho que esse empenho do Marconi é vai dar destaque a ele frente aos outros governadores”, avaliou.


Lúcia Vânia também faz a mesma análise do veterano da Câmara dos Deputados. Ao garantir que o pensamento de Marconi neste momento está focado apenas em dar equilíbrio ao estado ela também acredita que fazendo uma gestão competente com pessoas competentes fará com que a gestão de Perillo seja destaque no cenário nacional e o colocará entre os lembrados para possíveis projetos do PSDB.


Evitar prejuízos
Com a redução de secretarias passando para 10 pastas, além de reduzir 5.400 cargos comissionados e extinção de 9.500 contratos temporários, o governador pretende ainda ao longo de todo processo de reajuste da máquina administrativa que engloba autarquias, fundações e empresas estatais, extinguir 16 mil cargos até janeiro de 2015 e reduzir 1000 funções comissionadas administrativas.


Com esse montante de mudanças previstas, membros da base temem prejuízos, mas para evitar isso o deputado federal João Campos (PSDB), tem a receita. Para ele, colocando pessoas competentes e certas, no lugar certo, pode fazer a diferença neste momento de mudança. “Quando você tem uma grande mudança, você precisa planejá-la bem, tenho certeza que o governador planejou e vai fazê-la da forma mais competente possível com pessoas capacitadas”, declarou o parlamentar.


Ainda segundo Campos, a mescla de bons gestores com bons secretários será fundamental para dar equilíbrio na administração. “É necessário à mescla entres grandes gestores e na mesma proporção com secretários. Isso fará diferença”, explicou ao dizer na ocasião que qualquer iniciativa de redução de gastos é importante e que a mudança era absolutamente necessária, dizendo ainda que o modelo deves ser seguido por outros gestores.


Entretanto, o deputado João Campos não vê com bons olhos a agregação de várias secretarias. As 16 pastas hoje existentes vão se aglutinar e diminuir para apenas 10. Campos acredita que ao globalizar determinadas secretarias sua efetividade pode ficar prejudicada. “A fusão de três ou quatro secretarias pode ser um problema. Quando você une estruturas muito grandes seu funcionamento pode não ser eficiente”, esclarece.


Corte
Uma preocupação foi gerada a cerca dos cortes no governo, há alguns políticos dentro da base que imaginam que o Estado poderá ter dificuldades neste primeiro momento. A principal razão está no elevado número de funcionários temporários que não terão seus contratos renovados na virada do ano.


Enquanto a senadora Lúcia Vânia pede um voto de confiança, o deputado federal Jovair Arantes (PTB) pede que os cortes sejam lineares. A contenção de gastos na máquina estadual atingirá diretamente aliados e indicações políticas costuradas em sua grande maioria em momentos de alvoroço eleitoral. Por isso, Jovair pede que seja feito corte lineares e proporcional a todo mundo.


Entretanto, o parlamentar da base aliada não acredita em mal estar entre o chefe do executivo e aqueles que por ventura tiverem indicações demitidas com o advento da reforma. “Acho que não há e nem haverá nenhum problema, mas os cortes devem atingir a todos. Deve ser proporcional a todos”, diz ele ainda declarando que é favorável a qualquer tipo de economia.


A mesma opinião é compartilhada pelo deputado Fábio Sousa (PSDB). O parlamentar que a partir de fevereiro vai assumir cadeira na Câmara do Deputados acredita que a maturidade dos lideres dos diversos partidos que forem atingidos vai ser suficiente para não criar atritos e atrapalha a boa relação entre governo e base.
Ainda segundo Fábio Sousa, com as mudanças propostas pelo governador ele inaugura um novo jeito de governar.


Somado a isso, Sousa acredita que com uma gestão exemplar e bem organizada, mesmo sem intenção Marconi Perillo pode ganhar destaque no teor nacional o que o colocará com o líder natural. “O projeto não foi pensado em alavancar o nome do Marconi visando à presidência da República, mas se chegar lá será consequência do seu trabalho”, declarou peessedebista.


Fonte: Jornal Tribuna do Planalto (com adaptações)

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